sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

"Se alguém procura a saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no futuro as causas da doença; em caso contrário, abstém-te de o ajudar." Sócrates

A doença é uma das coisas mais tristes que existem. Não julgo uma dor de dente com um câncer terminal. A dor é a mesma, cada ser humano reage de formas adversas. Uns podem ficar tristes, abalados, chorosos etc. Mas a dor, é dor. Sei como é difícil passar por um câncer na família, minha esposa viveu isso e eu vivi diretamente isso também. Foram momentos tristíssimos, porém foram momentos de gargalhadas extremas e revigorantes. Como assim, você ria com sua esposa em um momento tão crucial, entre a vida e a morte? Claro! Não podemos nunca deixar de viver e ser feliz da maneira como a vida nos leva. Felizmente, nossa casa era a atração de vários amigos queridos e pessoas maravilhosas. Sempre iam na sexta ou sábado e voltavam no domingo. Era uma fará de salgados, doces, bebidas, jogos etc. Era a vida que eu poderia proporcionar para ela, uma vida de muita alegria e muito amor com seus grandes amigos. Todos sabiam dos tumores malignos e não se importavam com isso. Só a presença dela, era o suficiente para manter a casa linda, serena e cheia de paz. Não sei se já disse o nome dela, acho que ocultei essa informação para não expor mais ainda sua bela lembrança. Seu nome era Ana Paula, linda, de caráter forte e destemida como nunca vi. Ela não tinha medidas para nada, se queria dançar, dançava. Se queria sair, saia. Se queria dirigir, dirigia. O esforço para viver, vinha naturalmente e a vontade de viver sempre era exposta e nunca contida. Tivemos muitas lutas, várias operações, internações, exames, remédios, porém sempre com um sorriso largo no rosto e a vontade de ser sempre o que ela era: feliz! Sempre tive uma frase muito famosa, que era assim: Sempre minha, sempre sua, sempre nosso...



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